terça-feira, 24 de abril de 2012

Nzinga Salvador 10 anos!

Ontem, dia 23 de abril, dia de São Jorge, completou 10 anos desde a primeira aula de capoeira que ministrei aqui em Salvador. Retornei de São Paulo na primeira quinzena de Janeiro. Precisei nos primeiros dias, acertar vários detalhes para organizar a vida em Salvador: apartamento para morar, retomar o emprego na UFBa, do qual estava de licença havia 4 anos, reencontrar familiares e amigos, para só então começar a dar aulas de capoeira. Algumas pessoas, sabendo que eu estava retornando, já estavam a me esperar para esta finalidade. Na casa de minha irmã, no bairro do STIEP foi onde comecei, pois tinha a minha disposição um belo salão  que atendia bem demais a demanda. O único problema é que era um bairro residencial de classe media e que não era caminho para lugar nenhum, somente para os moradores do local. Fiquei por lá por um período de 1 ano e meio. O transito de pessoas era muito complicado e quase ninguém ia lá. Mudamos para o Rio Vermelho, pertinho do Acarajé da Dinha, quando esta ainda era viva. Não era o local ideal por se tratar de um espaço de consumo de comidas e bebidas, alem de se prestar para festas e outros eventos. Mas em compensação, entramos no circuito da capoeiragem e começamos enfim a ser visitados por grande numero de pessoas, inclusive por renomados mestres: João Grande, Cobra Mansa, Valmir, Boca do Rio, Pelé da Bomba, Gildo Alfinete e Jurandir entre outros. Em 2005, mudamos para o Alto da Sereia. No dia 18 de agosto, foi o dia em que abrimos as nossas portas para a capoeiragem e a comunidade. Neste dia, a presença mais marcante foi a do mestre Cobra Mansa e de dezenas de crianças altossereinses. Jogamos e cantamos parabéns para mim, afinal era o dia do meu aniversário! No meu próximo aniversário, completaremos 7 anos no Alto da Sereia. É magico ver o crescimento de tantas crianças dentro de nossa casa. Crescimento em todos os sentidos! A comunidade reconhece e apóia o nosso esforço. Com altos e baixos, sei que estou fazendo a minha parte ao compartilhar com aquelas “criaturinhas” lindas um pouco do que tive oportunidade de aprender com dignos representantes da arte angoleira. Vida Longa ao Nzinga!

Um comentário:

Marconi Barreto disse...

Valeu Manô, vc tem a luz, quem cuida de crianças com esse amor, alegria, força e energia tem a proteção de Deus.Você precisa comentar sobre a história da união, Paulo/Paulinha/Janja, o TRIOPOEIRA ANGOLEIRO que tem muita história pra contar durante esses 30 anos de convivência. Parabéns de seu hermano Marconi.