terça-feira, 29 de junho de 2010

Da Polonia à Alemanha

Impossivel evitar que as questoes que envolvem as relacoes entre Polonia e Alemanha me venham a cabeca nesta hora. Ha 24 horas atras, estava em Varsovia, onde ouvi poloneses se referindo aos fatos ligados à segunda grande guerra. Na verdade, hora nenhuma ouvi alguem falando  mal dos cidadaos alemaes, mas ouvi muitos se referindo aos fatos. E os fatos a historia trata de contar. Ja tinha escutado em novembro de 2009, quando estive a primeira vez em Varsovia, que a cidade havia sido mais atingida pelo fogo alemao em um dos seus lados, ja que o rio Vistula, divide a cidade ao meio. Agora, ouvi que no lado que foi menos bombardeado ficaram estacionadas as tropas russas. E ai a pergunta que se segue e': porque os alemaes nao atacaram os russos tambem? O que consta nos autos da historia e' que havia um acordo secreto de nao-agressao entre as duas potencias militares. Os russos ficaram esperando que os alemaes se desgatassem com a forte resistencia polonesa e, enfim eles invadiriam e tomariam Varsovia, o que acabou acontecendo, de maneira ou de outra. Ocuparam o pais por  decadas e so para falar do aspecto arquitetonico, deixaram marcas  dificeis de passarem despercebidas aos nossos olhos. O Instituto de Cultura de Varsovia,  e' um exemplo de arquitetura  megalomaniaca instalada por  Stalin no centro de Varsovia, como um "presente" que o imperio russo dava à  todos os locais que invadia. Ate cheguei a lembrar do Cavalo de Troia, que tambem chegou como um presente. Existem varios monumentos iguais aquele, espalhados principalmente no leste europeu. O predio e' gigante! Pode ser visto de quase todos os pontos da cidade. E por ai vai! Estou nessas imbricacoes mentais agora, aqui, em territorio alemao. Sera' que  terei a chance de conversar com alguem daqui sobre essas reflexoes?  Tambem ouvi alguns poloneses se referindo ao futuro, como forma de esquecer o passado. Ja percebi, porem, que o assunto e' delicado tanto na Polonia quanto na Alemanha.  Ainda e' possivel encontrar pessoas vivas que estiveram no centro dos acontecimentos que marcaram a historia da humanidade no seculo 20, tanto do lado polones, quanto do lado alemao. Para algumas coisas na vida de uma pessoa, 65 anos pode parecer muito tempo, mas para outras, isso pode nao ser nada...
PS: Mais uma vez, me desculpo pela falta de pontuacao.

Um comentário:

Anderson Lopes disse...

Olá Mestre!
Entro diariamente aqui e tenho percebido que a cada viagem novas reflexões ilustram o blog. Massa! Que a viagem para Sampa nos nossos 15 anos possam trazer as melhores reflexões até lá.
Abraços
BR